“A decisão do Copom em reduzir a taxa Selic para 12,25% ao ano é ponderada já que a incerteza fiscal e o cenário externo preocupam”, reforça a federação e concordância com o comunicado que seguiu ao término da reunião do Copom ontem em que o BC destaca os riscos externos e necessidade de persecução da meta fiscal.
Até setembro, lembra a FecomercioSP, o déficit do governo brasileiro atingiu R$ 94 bilhões, excluindo os juros. Mesmo com a Lei Orçamentária permitindo um déficit de R$ 228 bilhões, a expectativa era de que o governo não passasse dos R$ 100 bilhões. “Além disso, a previsão era de zerar o déficit em 2024, dentro do contingenciamento do arcabouço, mas ainda faltam R$ 168 bilhões em receitas adicionais para atingir essa meta”. No entendimento da federação, o governo precisa dar sinais mais claros de seu compromisso com o fiscal.
No tocante ao mercado externo, que também apresenta instabilidades e impacta diretamente o cenário econômico, a visão da FecomercioSP é a de que apesar da diminuição do crescimento chinês, que poderia facilitar o trabalho da política monetária, o aquecimento da economia norte-americana e a alta da taxa de juros da dívida pública trazem um alerta para a intensificação das quedas do juro interno.
“Somado a isso, o conflito entre Hamas e Israel reforça a preocupação sobre o preço dos combustíveis, os quais não se apresentavam mais como um elemento de pressão”, diz a nota da entidade.
NewsletterInfomorningReceba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o diaFonte: InfoMoney