Parcelado
Ebook GratuitoAnálise de BalançosCadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber sobre os resultados das empresasO presidente do IDV admite que o acordo com as instituições financeiras terá de prever ajustes no parcelado sem juros, modalidade que se incorporou às vendas no comércio e que é apontada como uma das causas para as taxas elevadas do rotativo.
“A proposta deve passar por uma redução do parcelado sem juros. Não a eliminação, mas uma redução dos longos prazos.”
O parcelado sem juros é considerado uma “jabuticaba” do mercado de crédito brasileiro – uma modalidade que só existe por aqui. Ela ocupou o espaço do cheque pré-datado.
Gonçalves afirma, no entanto, que é contrário à imposição de um limite para o número de parcelas. “O desestímulo (ao uso do parcelado sem juros) terá de vir da queda do juro praticado no mercado. Se o comerciante tiver condições de oferecer um parcelamento com taxas mais baixas, que caibam no bolso do consumidor, tudo bem”, defende.
Além disso, o segmento negocia a redução das cobranças aos lojistas – aquelas que são devidas aos diversos elos da cadeia dos cartões: emissores, bandeiras e adquirentes.
“A proposta de solução vai ter de incluir todo o ecossistema (do meio de pagamento) e responder a perguntas como: se for vender com juros, que taxa será essa? Como o varejo será impactado?”
Questionado sobre os próximos passos nessa negociação, o presidente do IDV diz que o setor pediu um prazo ao Ministério da Fazenda para elaborar uma proposta e que, nesse meio tempo, seguirá conversando com as instituições financeiras.
Ele considerou factível o prazo dado pelo ministro Fernando Haddad, que prometeu uma solução em até 90 dias. Independentemente do caminho escolhido, o empresário pondera que será necessário estipular um período de transição, para que comércio e instituições financeiras possam se adaptar.
A Febraban não quis detalhar as medidas que estão sendo debatidas, mas afirmou que o setor se mantém firme em algumas premissas, como a diluição do risco entre os elos da cadeia.
“Hoje, esses riscos estão concentrados nos bancos emissores, que suportam todo o risco da inadimplência, que é bastante elevada”, afirma Sidney.
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