O Sistema de Posicionamento Global (GPS) faz parte do nosso cotidiano. A tecnologia é fundamental para serviços de localização, telecomunicações, emergência e até transações financeiras. Mesmo assim, está sob risco de ataques que podem provocar interrupções e até o envio de sinais falsos.
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Analistas afirmam que o serviço de GPS está cada vez mais vulnerável em razão de ataques que os sinais de satélite recebem na Terra. A maior preocupação neste sentido é dos Estados Unidos, uma vez que o país depende diretamente do sistema e não conta com alternativas em caso do bloqueio do sinal, diferentemente do que acontece com Rússia e China, por exemplo.
O temor tem aumentado ainda mais com a intensificação de uma série de conflitos. Recentemente, hackers russos atacaram a infraestrutura de um sistema de satélite na Ucrânia, cortando a internet no país vizinho.
Ataques como jamming, que abafa os sinais de satélite, e spoofing, que envia dados enganosos, também têm crescido. Essas ações desviam voos e confundem os pilotos de aviões que estão distantes dos campos de batalha. Isso pode afetar operações militares, mas também simples voos comerciais com passageiros.
Além dos riscos potenciais, interrupções podem provocar consequências econômicas gigantescas. Segundo um relatório do governo do Reino Unido, uma paralisação de uma semana de todos os sinais de satélite custaria à economia britânica cerca de US$ 9,7 bilhões (quase R$ 53 bilhões).
Por enquanto, as perdas mutuamente garantidas impedem grandes ataques. Os sinais de satélite são transmitidos em uma banda de rádio estreita, o que dificulta que uma nação bloqueie os sinais de satélite de outra sem interromper seus próprios serviços. No entanto, isso parece estar mudando, o que preocupa (e muito) os norte-americanos.
Fonte: Olhar Digital