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Conflitos no Oriente Médio 'não são um embate entre civilizações, e sim entre a barbárie e a civilização', diz premiê israelense Netanyahu a políticos dos EUA

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Por Vision News em 24/07/2024 às 15:23:00

Em discurso no Congresso dos EUA, Netanyahu tentará reforçar o apoio do país a Israel no contexto da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Protestos pró-Palestina e pró-Israel eclodiram em frente ao Capitólio ao longo desta quarta-feira (24). Netanyahu discursa no Congresso americano

Drew Angerer/AFP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa no Congresso dos EUA nesta quarta-feira (24). O discurso acontece em um momento de pressão por conta da guerra na Faixa de Gaza e protestos à frente do Capitólio eclodiram ao longo do dia.

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Netanyahu tentará reforçar o apoio dos EUA a Israel no contexto da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Os israelenses também têm tensões com outros grupos ligados ao Irã, como o Hezbollah e os Houthis.

Netanyahu pregou união entre os EUA e Israel diante dos conflitos no Oriente Médio. "Vim aqui para assegurar uma coisa a vocês: nós vamos vencer", disse Netanyahu.

"Não é um enfrentamento entre civilizações, é um enfrentamento entre a barbárie e a civilização, aqueles que glorificam a morte e aqueles que santificam a vida. Para a civilização triunfar, os EUA e Israel têm que permanecer juntos", afirmou o premiê.

Netanyahu relembrou o atentado de 7 de Outubro e disse que os membros do Hamas não têm humanidade, que "levaram 250 israelenses, vivos e mortos, às profundezas de Gaza".

O premiê israelense enfrenta resistência de alguns grupos de americanos. Sua fala ao Congresso é marcada por protestos no entorno do Capitólio e dentro dos gabinetes dos congressistas. Ao mesmo tempo em que Netanyahu busca apoio para sua incursão militar em Gaza, democratas boicotaram o evento em protesto contra a crise humanitária vivida pelos palestinos. Em abril e maio, manifestantes pró-Palestina realizaram protestos em universidades do país inteiro.

Dentro do Capitólio, também há resistência: mais de 30 democratas da Câmara dos Deputados e do Senado planejam não comparecer ao discurso de Netanyahu, segundo a rede americana "NBC News".

De acordo com o "New York Times", cerca de 100 estagiários de deputados e senadores do Partido Democrata faltaram ao expediente alegando estarem doentes nesta quarta. Em nota, os funcionários, estagiários, pediram a seus chefes para boicotarem o discurso do premiê.

Antes da fala no Congresso, Netanyahu foi recebido por Mike Johnson, presidente da Câmara dos Deputados, Chuck Schumer, líder democrata no Senado, o deputado Hakeem Jeffries, e o senador Mitch McConnell.

A visita do dirigente israelense a Washington ocorre em um momento de agitação política nos Estados Unidos, com a tentativa de assassinato de Donald Trump, a desistência de Joe Biden da corrida à Casa Branca e a entrada de Kamala Harris na disputa, candidata democrata quase certa às eleições de novembro contra o magnata republicano.

"Vou dizer aos meus amigos de ambos os lados que, independentemente do próximo presidente eleito pelo povo americano, Israel continua sendo o aliado forte e indispensável dos Estados Unidos no Oriente Médio", disse Netanyahu antes de iniciar a viagem.

Enquanto está nos EUA, Netanyahu vai se encontrar com o presidente Joe Biden e com Kamala Harris, a vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca. O premiê também vai se encontrar com Donald Trump.

Protestos

Manifestantes pró-palestinos levam fantoche de Bejamin Netanyahu coberto de sangue e com chifres às ruas de Washington

Nathan Howard/Reuters

"Nós pedimos os nossos representantes a responder à vontade coletiva do povo americano e rejeitar qualquer sombra de endosso às ações de Netanyahu", diz o manifesto dos funcionários.

A ausência mais notória é da vice-presidente Kamala Harris -- nos EUA, o vice também desempenha o papel de presidente do Senado. O senador democrata Bernie Sanders também não compareceu.

Já os republicanos demonstram apoio ao premiê israelense, mas o senador J.D. Vance, candidato republicano a vice-presidente, não está na capital americana. Ele afirma que está em agenda de campanha.

Fora da sede do Congresso, milhares de manifestantes organizam um protesto contra a morte de mais de 39 mil palestinos devido à ação militar de Israel em Gaza. Alguns grupos também criticam Netanyahu pela falha de seu governo em trazer de volta os israelenses sequestrados pelo Hamas nos ataques terroristas de 7 de outubro, que deixaram cerca de 1.200 mortos.

Na quinta-feira, Netanyahu deve se encontrar com Biden e Kamala Harris, e, na sexta-feira, ele deve ir a Mar-a-Lago para um encontro com Donald Trump.

Fonte: G1

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