A Gerdau (GGBR4) teve desempenho inferior ao Ibovespa em 5 pontos percentuais nos últimos três pregões. Na visão do Itaú BBA, o desempenho ruim nas últimas sessões pode ser atribuído a: i) resultados e perspectivas mais fracos do que o esperado para os pares da Gerdau nos EUA; e ii) uma forte saída recente de investidores estrangeiros.
Dito isto, os analistas do BBA reforçaram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e veem a recente queda de preços como uma oportunidade de compra, sendo que a a ação está “muito barata para ignorar”. A recomendação para GGBR4 é outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 24 (ou potencial de alta de 36%), com o banco reiterando a ação como a principal escolha em sua cobertura para América Latina entre mineradoras e siderúrgicas.
O banco considera:
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O momento de ganhos pode melhorar no Brasil, com os esforços de redução de custos podendo dar frutos, segundo a equipe de análise.
Os analistas acreditam que os resultados do 2T24 marcarão uma virada no Ebitda da companhia neste ciclo. No Brasil, o BBA avalia que as margens poderão começar a melhorar devido a preços mais elevados e custos mais baixos. No primeiro caso, de acordo com a Platts, os preços do vergalhão no Brasil aumentaram 5% nas últimas três semanas, mas ainda são negociados com um desconto de 7% em relação aos níveis de paridade de importação.
Neste último, a Gerdau espera cerca de R$ 1,0 bilhão em economia de custos na divisão de negócios brasileira (base anualizada, a partir do 4T24), proveniente principalmente da ociosidade de algumas instalações, com uma reorganização interna da área de produção e uma melhoria no mix de vendas, com menores exportações.
As margens dos EUA devem se normalizar no futuro, mas as operações são uma proteção contra o enfraquecimento do real. O banco gosta da resiliência proporcionada pela diversificação geográfica da Gerdau em um cenário de maior desvalorização do real, visto que cerca de 45% do Ebitda da empresa é gerado em dólar (incluindo resultados da divisão de aços especiais nos EUA). Do ponto de vista operacional, acredita que a Gerdau poderia superar seus pares norte-americanos, dada a sua maior exposição a produtos de maior valor agregado (cerca de 90% dos embarques da empresa são compostos de barras e vigas comerciais, com apenas cerca de 10% provenientes de vergalhões e fio-máquina). Além disso, observa que a Gerdau não está exposta à dinâmica de enfraquecimento da indústria de aços planos dos EUA.
O BBA continua confortável ââcom a estimativa de Ebitda para 2025 de R$ 12,1 bilhões para a Gerdau, que fica 7% acima do consenso da Bloomberg de R$ 11,4 bilhões.
Fonte: InfoMoney