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"Gerdau muito barata para ignorar": após queda, BBA vê bom ponto de entrada para ação

A Gerdau (GGBR4) teve desempenho inferior ao Ibovespa em 5 pontos percentuais nos últimos três pregões.

Por Vision News em 24/07/2024 às 16:52:50

A Gerdau (GGBR4) teve desempenho inferior ao Ibovespa em 5 pontos percentuais nos últimos três pregões. Na visão do Itaú BBA, o desempenho ruim nas últimas sessões pode ser atribuído a: i) resultados e perspectivas mais fracos do que o esperado para os pares da Gerdau nos EUA; e ii) uma forte saída recente de investidores estrangeiros.

Dito isto, os analistas do BBA reforçaram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e veem a recente queda de preços como uma oportunidade de compra, sendo que a a ação está “muito barata para ignorar”. A recomendação para GGBR4 é outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 24 (ou potencial de alta de 36%), com o banco reiterando a ação como a principal escolha em sua cobertura para América Latina entre mineradoras e siderúrgicas.

O banco considera:

  • o valuation barato, com GGBR4 sendo negociada a 3,3 vezes o EV/Ebitda (valor da firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) esperado para 2025 e 9% de fluxo de caixa livre (FCF).
  • margem Ebitda provavelmente atingindo o mínimo no Brasil no 2T24; melhorias futuras virão de preços mais altos e dos esforços de custos da empresa;

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  • um cenário bastante resiliente para os negócios nos EUA, apesar da deterioração das margens; na verdade, o banco projeta que as margens nos EUA oscilarão em torno de 18% em 2025;
  • a visão defensiva da empresa em relação à recente fraqueza do real.

O momento de ganhos pode melhorar no Brasil, com os esforços de redução de custos podendo dar frutos, segundo a equipe de análise.

Os analistas acreditam que os resultados do 2T24 marcarão uma virada no Ebitda da companhia neste ciclo. No Brasil, o BBA avalia que as margens poderão começar a melhorar devido a preços mais elevados e custos mais baixos. No primeiro caso, de acordo com a Platts, os preços do vergalhão no Brasil aumentaram 5% nas últimas três semanas, mas ainda são negociados com um desconto de 7% em relação aos níveis de paridade de importação.

Neste último, a Gerdau espera cerca de R$ 1,0 bilhão em economia de custos na divisão de negócios brasileira (base anualizada, a partir do 4T24), proveniente principalmente da ociosidade de algumas instalações, com uma reorganização interna da área de produção e uma melhoria no mix de vendas, com menores exportações.

As margens dos EUA devem se normalizar no futuro, mas as operações são uma proteção contra o enfraquecimento do real. O banco gosta da resiliência proporcionada pela diversificação geográfica da Gerdau em um cenário de maior desvalorização do real, visto que cerca de 45% do Ebitda da empresa é gerado em dólar (incluindo resultados da divisão de aços especiais nos EUA). Do ponto de vista operacional, acredita que a Gerdau poderia superar seus pares norte-americanos, dada a sua maior exposição a produtos de maior valor agregado (cerca de 90% dos embarques da empresa são compostos de barras e vigas comerciais, com apenas cerca de 10% provenientes de vergalhões e fio-máquina). Além disso, observa que a Gerdau não está exposta à dinâmica de enfraquecimento da indústria de aços planos dos EUA.

O BBA continua confortável ​​com a estimativa de Ebitda para 2025 de R$ 12,1 bilhões para a Gerdau, que fica 7% acima do consenso da Bloomberg de R$ 11,4 bilhões.

Fonte: InfoMoney

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