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Petróleo: preço dispara e analistas apontam para risco ao fornecimento por guerra

O conflito entre Israel e Irã pode ter chegado a uma nova e perigosa fase, após o ataque com mais de 200 misseis na tarde de ontem.

Por Vision News em 02/10/2024 às 06:52:25

O conflito entre Israel e Irã pode ter chegado a uma nova e perigosa fase, após o ataque com mais de 200 misseis na tarde de ontem. A projeção de analistas do mercado de petróleo, agora, é de ameaça real ao fornecimento da commodity. Isso porque a infraestrutura de petróleo iraniana pode se tornar alvo para Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, que já prometeu retaliação.

O risco já aparece nos preços dos barris, que subiram mais de 5% na tarde de ontem. Na sessão desta quarta-feira, a alta já é de 2,69% para o WTI, cotado a US$ 71,70 e 2,47% para o Brent, em US$ 75,37.

De acordo com analistas ouvidos pela CNBC, a escalada dos conflitos traz preocupações renovadas para investidores. Mesmo com a guerra em curso já há algum tempo, o risco já havia sido precificado pela “fadiga de risco geopolítico”. "A possibilidade de uma interrupção significativa no fornecimento de petróleo é iminente”, afirmou Saul Kavonic, analista sênior de energia do MST Marquee à CNBC.

Mesmo com o avanço das tensões desde o final de semana, com a morte de Hassan Nasrallah (líder do Hezbollah), os preços se mantinham controlados pela possibilidade de aumento na produção tanto nos EUA quanto pelos países da OPEP+. A organização de países exportadores cogitava reduzir os cortes voluntários, o que aumentaria a presença da commodity em um mercado com demanda mais fraca já da China.

Com a chamada “nova fase da guerra”, no entanto, os preços passaram a disparar. Analistas consideram que, com o ataque do Irã, o conflito pode se encaminhar para uma fase mais relacionada à energia. O país é o terceiro maior produtor dentre os membros da OPEP e é responsável por quase quatro milhões de barris de petróleo por dia, de acordo com dados da Administração de Informação e Energia (EIA).

(com CNBC, Reuters e Bloomberg)

Fonte: InfoMoney

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