Ficar sentado está se tornando um grave problema de saúde pública, especialmente entre os jovens adultos. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Colorado Boulder e pela Universidade da Califórnia Riverside, ambas nos Estados Unidos, revela que passar longas horas na posição pode comprometer significativamente a saúde, mesmo para pessoas que se exercitam.
O estudo envolveu mais de 1.000 pessoas do estado do Colorado, nos Estados Unidos, incluindo 730 gêmeos, traz uma conclusão preocupante: fazer exercícios moderados por cerca de 20 minutos por dia não é suficiente para neutralizar os danos causados por ficar sentado.
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Os pesquisadores descobriram que os jovens adultos passam, em média, 9 horas por dia sentados, podendo chegar a até 16 horas em alguns casos. Essa prática prolongada de ficar sentado pode acelerar o envelhecimento metabólico e cardiovascular, colocando essa geração em risco prematuro de doenças. “Os jovens adultos tendem a achar que são imunes aos impactos do envelhecimento”, explica Ryan Bruellman, um dos autores do estudo, ao Medical Express. “Mas o que você faz nessa fase crítica da vida realmente importa.”
A pesquisa revelou que ficar sentado impacta diretamente dois indicadores de saúde: o colesterol total e o índice de massa corporal (IMC). Quanto mais tempo sentado, mais “velho” o corpo parece ficar metabolicamente.
Surpreendentemente, fazer uma caminhada rápida após o trabalho não é suficiente para compensar as longas horas sentado. Os pesquisadores observaram que jovens adultos que sentam 8,5 horas por dia e se exercitam dentro das recomendações atuais já podem estar em uma categoria de “risco moderado a alto” para doenças cardiovasculares e metabólicas.
A boa notícia é que atividades físicas podem ajudar a mitigar esses efeitos. Pessoas que praticam exercícios intensos, como corrida ou ciclismo, por 30 minutos diários apresentam medidas de colesterol e IMC semelhantes a pessoas 5 a 10 anos mais jovens.
As recomendações dos pesquisadores para reduzir o tempo de ficar sentado são claras:
Ficar sentado não é apenas um problema futuro, mas um risco atual para os jovens adultos. É necessário criar hábitos que beneficiarão a saúde a longo prazo.
Fonte: Olhar Digital