As tempestades solares acontecem quando há a uma liberação de energia do Sol que viaja pelo espaço até atingir a esfera magnética ao redor da Terra, perturbando nossa atmosfera. Os efeitos mais comuns são interrupções de ferramentas de comunicação, como satélite, rádio ou a até mesmo a rede elétrica.
No entanto, fenômenos do tipo também atingiram o nosso planeta muito antes do desenvolvimento destas tecnologias. E cientistas acabam de identificar, partir de análises de troncos de árvores, que houve uma ocorrência de grandes proporções há cerca de 2.600 anos.
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Para identificar com clareza qual foi a causa do aumento de carbono-14 nas árvores, os pesquisadores compararam esses dados com a presença de picos de outro isótopo, o berílio-10, encontrados em núcleos de gelo retirados das profundezas de geleiras. As chuvas e neve capturam este isótopo e o prendem nas camadas de gelo.
De acordo com o estudo, se os núcleos de gelo do Polo Norte e do Polo Sul mostrarem um pico no isótopo berílio-10 em um ano específico, correspondendo ao aumento de radiocarbono nos anéis das árvores, sabemos que houve uma tempestade solar.
Apesar da descoberta, é difícil estimar quais foram os impactos desta tempestade solar na época. Ainda segundo os cientistas, se um fenômeno com a mesma intensidade atingisse o nosso planeta hoje, provavelmente causaria efeitos dramáticos nas nossas comunicações.
Fonte: Olhar Digital