Como mensurar o nível de calor que estamos vivendo agora no país? Além dos indícios básicos de temperaturas elevadas, como o asfalto virando uma frigideira, suor com efeito "cachoeira", roupas que grudam e decidem te abraçar com força total, no Brasil, os níveis de calor são frequentemente classificados com base no Índice de Calor (IC), que combina temperatura do ar e umidade relativa para indicar a sensação térmica.
Estes níveis ajudam a orientar a população sobre os riscos à saúde e as medidas de prevenção. Especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as ondas de calor estão cada vez mais intensas, com temperaturas que atingem níveis alarmantes.
Recentemente, o Rio de Janeiro atingiu uma média histórica de nível 3 de calor (na classificação com IC), com sensação térmica superando os 42 °C em vários dias. Isso tem levado a um aumento nos casos de desidratação e exaustão, especialmente entre populações vulneráveis.
A prefeitura do Rio tem recomendado o uso de centros de refrigeração espalhados pela cidade e a adoção de medidas preventivas, como hidratação constante e evitar atividades ao ar livre nos horários de pico.
O Índice de Calor (IC) foi desenvolvido para quantificar a sensação térmica que o corpo humano experimenta quando a temperatura do ar e a umidade relativa são combinadas. Ele é uma medida importante para avaliar o desconforto e os riscos à saúde associados ao calor, especialmente em regiões quentes e úmidas.
No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e outros órgãos meteorológicos também utilizam o IC para emitir alertas e orientações à população.
Veja um exemplo prático, se a temperatura do ar é de 35 °C e a umidade relativa é de 60%, o Índice de Calor pode atingir aproximadamente 47 °C, o que é classificado como Calor Extremo (Nível 3).
No Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, os níveis de calor são classificados em cinco categorias, denominadas NC1 a NC5, para alertar a população sobre as condições climáticas extremas e orientar ações preventivas.
Classificação dos níveis de calor:
O país utiliza os Índices de Calor (IC) para avaliar a sensação térmica, considerando a combinação de temperatura e umidade relativa do ar. Essa medida é fundamental para entender o impacto do calor no corpo humano, já que a umidade elevada pode intensificar a sensação de calor, mesmo quando a temperatura não é extremamente alta.
O Índice de Calor é calculado por meio de fórmulas que combinam a temperatura do ar e a umidade relativa, resultando em uma temperatura aparente que reflete a sensação térmica real. Por exemplo, uma temperatura de 30 °C com 70% de umidade pode ser percebida como 35°C devido ao efeito da umidade na evaporação do suor.
Esses níveis são utilizados para alertar a população sobre as condições climáticas extremas e orientar ações preventivas.
É importante notar que, embora o Índice de Calor seja amplamente utilizado para avaliar a sensação térmica, a classificação dos níveis de calor no Brasil é baseada em critérios específicos que consideram a duração e a intensidade do calor. Portanto, embora relacionados, os níveis de calor e o Índice de Calor não são a mesma coisa.
Leia mais:
Relacionando o nível de calor e o IC, é possível sistematizar algumas recomendações do que você deve fazer em cada um dos intervalos. Veja a seguir como se cuidar!
Sim, o calor excessivo pode ser fatal. Quando o corpo é exposto a temperaturas muito altas, especialmente combinadas com umidade elevada, ele pode perder a capacidade de se resfriar adequadamente. Isso pode levar a condições graves como: insolação, desidratação severa e hipertemia.
O que a sensação térmica?A sensação térmica é a temperatura que o corpo humano realmente sente, combinando a temperatura do ar com fatores como umidade, vento e radiação solar. Pode ser mais alta ou mais baixa que a temperatura real, dependendo das condições climáticas.
Fonte: Olhar Digital