Rússia critica Macron e chama de ameaça fala de presidente francês sobre armas nucleares

17 de março - Putin vence a eleição na Rússia e vai ficar no poder até 2030. De acordo com a Comissão Eleitoral Central da Rússia, Putin teve 87% dos votos.

Reuters/Maxim Shemetov

O Kremlin condenou nesta quinta-feira (6) o que chamou de um discurso altamente combativo do presidente francês, Emmanuel Macron, no qual ele classificou a Rússia como uma ameaça à Europa e afirmou que Paris consideraria colocar outros países sob sua proteção nuclear.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os comentários do líder francês, feitos em um discurso à nação na quarta-feira, indicam que Paris busca prolongar a guerra na Ucrânia.

"O discurso é realmente extremamente confrontacional. Dificilmente pode ser visto como um discurso de um chefe de Estado que está pensando na paz", disse Peskov a jornalistas.

"Pelo contrário, do que foi dito, pode-se concluir que a França está mais focada na guerra, na continuação da guerra."

Segundo ele, Macron omitiu fatos importantes e não mencionou as "preocupações e temores legítimos" da Rússia em relação à expansão da Otan para leste, aproximando-se das fronteiras russas.

Sob a liderança de Macron, a França forneceu armas à Ucrânia e afirmou estar disposta a considerar o envio de tropas para garantir a implementação de um eventual acordo de paz. A Rússia já declarou que considera inaceitável a presença de tropas de países da Otan na Ucrânia.

Macron também afirmou, no discurso de quarta-feira, que a França está pronta para discutir a possibilidade de estender a proteção de seu arsenal nuclear a outros países europeus.

Peskov afirmou que isso equivale a uma "pretensão de liderança nuclear na Europa", o que, segundo ele, é "muito, muito confrontacional".