A perereca-assobiadora, cujo nome científico é Eleutherodactylus johnstonei, é um anfíbio que ganhou destaque nacional após ser mencionada em uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Originária das ilhas do Caribe, como Porto Rico e Trinidad e Tobago, essa pequena criatura, medindo cerca de 4 cm, é conhecida por seu canto alto e estridente, que se assemelha a um assobio.
A questão da prova ENEM, aplicada em novembro de 2024, mencionava a perereca-assobiadora e a problemática do seu canto em áreas urbanas, explorando conceitos de ecologia e adaptação. A prova gerou debates sobre a necessidade de controle da espécie e o impacto de sua presença no ambiente urbano.
A pergunta usava como base um texto jornalístico de 2014 que explicava que moradores do bairro Brooklin, em São Paulo, estavam sofrendo com o som desses animais durante a noite, um canto estridente emitido por esses animais.
Os alunos foram desafiados a identificar o motivo pelo qual as pererecas-assobiadoras geram esse som em quantidade exagerada no período noturno. E a resposta certa você confere na explicação a seguir.
O canto da perereca-assobiadora é utilizado pelos machos para atrair as fêmeas durante a época de acasalamento, que ocorre de outubro a fevereiro. O som, que pode ser ouvido a longas distâncias, é considerado alto e incômodo por alguns moradores de áreas urbanas, onde a espécie se proliferou.
Esses anfíbios preferem ambientes úmidos, como jardins, quintais e áreas próximas a corpos d’água parada, onde se reproduzem. A fêmea deposita seus ovos em locais úmidos, e os girinos se desenvolvem fora da água, já nascendo pequenas pererecas.
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A perereca-assobiadora foi introduzida no Brasil de forma acidental, provavelmente através do comércio de plantas ornamentais. Sua presença foi identificada em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói, causando incômodo aos moradores devido ao seu canto barulhento.
A perereca-assobiadora é considerada uma espécie invasora, já que sua introdução causou desequilíbrios ecológicos em alguns ambientes. Apesar do incômodo causado por seu canto, a perereca-assobiadora não representa riscos à saúde humana.
A espécie é utilizada em pesquisas científicas para entender como os anfíbios se adaptam a ambientes urbanos e como o ruído afeta seu comportamento.
Portanto, a alternativa correta era a que afirmava que o som é utilizado para “atrair fêmeas para o acasalamento”. Essa questão gerou discussões entre os candidatos, que se mostraram intrigados com a conexão entre a biologia dos anfíbios e a vida urbana. Ouça a perereca-assobiadora neste vídeo:
O controle da perereca-assobiadora em centros urbanos é um desafio complexo, que envolve a busca por soluções eficazes e ambientalmente corretas. Algumas medidas que podem ser consideradas incluem:
Para saber mais sobre o universo deste e de outros anfíbios, você pode pesquisar nas plataformas online, como Ciência Hoje e Biota.
Tem pererecas no Brasil?Sim, existem diversas espécies de pererecas no Brasil, com uma rica diversidade de cores, tamanhos e hábitos. Algumas das mais conhecidas incluem:
Perereca-verde (Litoria caerulea), uma das mais conhecidas e maiores pererecas da América do Sul, com coloração verde vibrante e listras brancas. Apesar de ser muito comum no Brasil, é nativa da Austrália e da Nova Guiné.
Perereca-arborícola (Hypsiboas albopunctatus), comum em áreas de Mata Atlântica, possui coloração marrom e listras douradas.
Perereca-de-capacete (Aplastodiscus perviridis), possui um “capacete” ósseo na cabeça e coloração verde ou marrom.
Fonte: Olhar Digital