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Varejo pede "solução de mercado" para rotativo

O setor varejista sentou à mesa com as instituições financeiras para tentar encontrar uma “solução de mercado” para o rotativo do cartão de crédito, a linha de financiamento mais cara do país, que é alvo de críticas por parte do governo e de parlamentares.

Por Vision News em 05/08/2023 às 16:33:40
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Parcelado

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O presidente do IDV admite que o acordo com as instituições financeiras terá de prever ajustes no parcelado sem juros, modalidade que se incorporou às vendas no comércio e que é apontada como uma das causas para as taxas elevadas do rotativo.

“A proposta deve passar por uma redução do parcelado sem juros. Não a eliminação, mas uma redução dos longos prazos.”

O parcelado sem juros é considerado uma “jabuticaba” do mercado de crédito brasileiro – uma modalidade que só existe por aqui. Ela ocupou o espaço do cheque pré-datado.

Gonçalves afirma, no entanto, que é contrário à imposição de um limite para o número de parcelas. “O desestímulo (ao uso do parcelado sem juros) terá de vir da queda do juro praticado no mercado. Se o comerciante tiver condições de oferecer um parcelamento com taxas mais baixas, que caibam no bolso do consumidor, tudo bem”, defende.

Além disso, o segmento negocia a redução das cobranças aos lojistas – aquelas que são devidas aos diversos elos da cadeia dos cartões: emissores, bandeiras e adquirentes.

“A proposta de solução vai ter de incluir todo o ecossistema (do meio de pagamento) e responder a perguntas como: se for vender com juros, que taxa será essa? Como o varejo será impactado?”

Questionado sobre os próximos passos nessa negociação, o presidente do IDV diz que o setor pediu um prazo ao Ministério da Fazenda para elaborar uma proposta e que, nesse meio tempo, seguirá conversando com as instituições financeiras.

Ele considerou factível o prazo dado pelo ministro Fernando Haddad, que prometeu uma solução em até 90 dias. Independentemente do caminho escolhido, o empresário pondera que será necessário estipular um período de transição, para que comércio e instituições financeiras possam se adaptar.

A Febraban não quis detalhar as medidas que estão sendo debatidas, mas afirmou que o setor se mantém firme em algumas premissas, como a diluição do risco entre os elos da cadeia.

“Hoje, esses riscos estão concentrados nos bancos emissores, que suportam todo o risco da inadimplência, que é bastante elevada”, afirma Sidney.

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Fonte: InfoMoney

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