EUA autorizam devolução de tesouro nacional brasileiro

Quase 20 anos depois, o Brasil está próximo de receber de volta uma esmeralda extraída e comercializada ilegalmente para os EUA. O governo norte-americano formalizou a repatriação da pedra preciosa após pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).

Ainda não foi informada uma previsão de data para a chegada do material ao território brasileiro. Segundo a Advocacia-Geral da União, a esmeralda ficará exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Esmeralda é avaliada em 6 bilhões de reais

Chamada de Esmeralda Bahia, a pedra foi encontrada em 2001 em Pindobaçu, no norte da Bahia, e pesa aproximadamente 380 quilos. O objeto ainda é considerado um tesouro nacional e tem um valor estimado em um bilhão de dólares, mais de R$6 bilhões na cotação atual.

Ao longo dos anos, surgiram várias lendas sobre a pedra. Uma delas diz que ela é amaldiçoada, enquanto outra conta que os contrabandistas foram mortos por animais selvagens nas florestas brasileiras.

A versão mais aceita, no entanto, é que, depois de ser retirada de Serra da Carnaíba, a esmeralda foi levada para São Paulo e transferida para Nova Orleans, nos EUA, onde ficou guardada em um depósito até 2005, quando o local foi inundado pelo furacão Catrina.

A peça foi recuperada por mergulhadores locais. Em 2008, depois de ser roubada, foi recuperada em Las Vegas pela polícia de Los Angeles, que desde então, está com o objeto sob custódia.

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Pedra foi levada para os EUA de forma ilegal

• Segundo as autoridades, a pedra preciosa foi levada do Brasil sem autorização ou permissão.
• Posteriormente, por meio de documentos falsos, foi enviada aos EUA em 2005.
• Apenas em 2017 uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos EUA.
• Esta mesma ação penal declarou que quem estivesse em posse da pedra deveria devolvê-la ao Brasil.
• A decisão pela repatriação atende a um pedido feito também pelo Departamento de Justiça dos EUA, que, em maio de 2022, acolheu decisão da justiça brasileira determinando a devolução da pedra.