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Trump expulsa embaixador da África do Sul e aprofunda crise entre países

A presidência tomou nota da lamentável expulsão do embaixador da África do Sul nos Estados Unidos da América (EUA), Ebrahim Rasool", disse Pretória em um breve comunicado.

Por Vision News em 15/03/2025 às 10:12:51

A presidência tomou nota da lamentável expulsão do embaixador da África do Sul nos Estados Unidos da América (EUA), Ebrahim Rasool", disse Pretória em um breve comunicado.

O governo sul-africano pediu a todas as partes que mantenham o "decoro diplomático" ao lidar com essa questão e afirmou que "continua comprometido em construir uma relação mutuamente benéfica" com Washington.

Na sexta-feira, em uma mensagem na rede social X, Marco Rubio declarou que "o embaixador sul-africano nos Estados Unidos já não é bem-vindo" em Washington, tornando-se "persona non grata". Ele também chamou Rasool de racista e o acusou de odiar os Estados Unidos e seu presidente, Donald Trump.

O secretário de Estado acompanhou sua mensagem com um link para o site de extrema-direita Breitbart News, que relatou que o diplomata sul-africano afirmou, durante um seminário de política externa na sexta-feira, que Trump está liderando um movimento supremacista branco nos Estados Unidos e no mundo.

Esse episódio é o mais recente desdobramento da crise diplomática entre Washington e Pretória, que se intensificou após Trump assinar, no início de fevereiro, uma ordem executiva cortando toda a ajuda à África do Sul por tempo indeterminado.

Na ordem, Trump alegou que os africâneres da África do Sul, descendentes de colonos holandeses, estavam sendo prejudicados por uma nova lei que facilita a expropriação de terras privadas pelo governo sul-africano.

Elon Musk, aliado próximo de Trump e chefe do Departamento de Eficiência Governamental de Trump (DOGE, na sigla em inglês), destacou essa lei em postagens nas redes sociais, apresentando-a como uma ameaça à minoria branca na África do Sul. Musk nasceu no país, mas se mudou para o Canadá após concluir o ensino médio.

Trump também afirmou que Pretória adotou "posições agressivas contra os Estados Unidos e seus aliados, incluindo a acusação de genocídio contra Israel" no Tribunal Internacional de Justiça.

No final de fevereiro, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse que deseja chegar a um acordo com seu homólogo norte-americano para resolver a tensão entre os dois países. Ele também afirmou ter como objetivo, a longo prazo, viajar a Washington para fortalecer as relações bilaterais.

A crise diplomática também se refletiu na ausência marcante de Rubio e do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nas reuniões dos ministros das Relações Exteriores e das Finanças do G20, realizadas em fevereiro sob a presidência sul-africana.

A expropriação de terras é um tema altamente sensível na África do Sul, onde a distribuição desigual de terras continua sendo um legado do regime segregacionista do apartheid (1948-1994).

Segundo um relatório governamental de 2017, mais de 72% das terras agrícolas privadas do país pertencem a brancos, que representam menos de 8% da população sul-africana.

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Fonte: Notícias ao minuto

Tags:   Mundo
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